quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Justiça e Graça — Um estudo da Doutrina da Salvação na carta aos Romanos

Romanos 3.9-20. 9 — Pois quê? Somos nós mais excelentes? De maneira nenhuma! Pois já dantes demonstramos que, tanto judeus como gregos, todos estão debaixo do pecado, 10 — como está escrito: Não há um justo, nem um sequer. 11 — Não há ninguém que entenda; não há ninguém que busque a Deus. 12 — Todos se extraviaram e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só. 13 — A sua garganta é um sepulcro aberto; com a língua tratam enganosamente; peçonha de áspides está debaixo de seus lábios; 14 — cuja boca está cheia de maldição e amargura. 15 — Os seus pés são ligeiros para derramar sangue. 16 — Em seus caminhos há destruição e miséria; 17 — e não conheceram o caminho da paz. 18 — Não há temor de Deus diante de seus olhos. 19 — Ora, nós sabemos que tudo o que a lei diz aos que estão debaixo da lei o diz, para que toda boca esteja fechada e todo o mundo seja condenável diante de Deus. 20 — Por isso, nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado. I. OS JUDEUS E GENTIOS NECESSITAVAM DE UM MEIO EFICAZ PARA SALVAÇÃO (Rm 3.9) 1. A filosofia humana não apresentou o caminho da salvação. “Pois que?”, o início do versículo demonstra que o apóstolo está dando continuidade a um assunto anterior, a indesculpabilidade dos gentios e judeus. Os gentios, influenciados pela filosofia grega, buscaram chegar ao conhecimento de Deus e da salvação por meio do raciocínio humano. Os filósofos trouxeram grandes contribuições tanto para a ciência como para a teologia, basta ver a influência destes nos Pais da Igreja. Entretanto, a revelação divina está acima do raciocínio humano, que apenas consegue obter “lampejos” da revelação maior, que somente é possível por meio do Espírito Santo. A filosofia levou muitas pessoas a acharem que o ser humano pudesse, por meio de sua competência intelectual, entender Deus e sua obra. Por exemplo, no século passado um movimento que sobressaiu foi o cientificismo que, influenciado pelo avanço da tecnologia, entendia que poderia resolver o problema da humanidade. Infelizmente, a resposta foi as duas guerras mundiais. 2. A lei e a circuncisão não libertaram o judeu. Conforme visto na lição anterior, os judeus se achavam superiores aos gentios por serem os receptores da Lei e que mantinham sua identidade e exclusivismo por meio da circuncisão, um ritual obrigatório e que apenas aumentava mais a arrogância e a hipocrisia dos judeus. Eles também não obtiveram êxito na justificação diante de Deus. A religiosidade não salva. Algumas pessoas buscam a religiosidade, a manutenção de uma aparência de pureza, espiritualidade e santidade, ou seja, uma vida hipócrita que não liberta ninguém. A Bíblia recomenda que congreguemos e que vivamos uma vida de amor, com objetivos comuns, a não termos uma vida de religiosidade baseada no legalismo. Jovem, você é um religioso ou um verdadeiro discípulo de Cristo? 3. Sentença igual para todas as pessoas. O apóstolo continua o versículo com uma pergunta interessante: “Somos nós mais excelentes?”. Ele agora se dirige a Igreja de Cristo, formada por um único corpo e vários membros, coloca todas as pessoas “no mesmo barco”, debaixo da mesma sentença (Rm 2.1). A pergunta chama todas as pessoas que se dizem discípulas de Cristo a refletir. Ele mesmo responde: “De maneira nenhuma!”. Nós, como membros da igreja, não somos melhores ou piores do que os gentios e judeus da época de Paulo, mas estamos na mesma condição, humanamente falando, indesculpáveis diante de Deus. O apóstolo vai desenvolvendo, cuidadosamente, uma abordagem para que os membros da igreja reconheçam sua condição de pecadores e dependentes da graça de Deus, por meio de Jesus. Eles precisam aprender que, mesmo salvos, precisam manter o “velho homem” sob controle.

Pesquisar este blog