Santificai um jejum, convocai uma assembléia solene, congregai os anciãos, e todos os moradores desta terra, na casa do SENHOR vosso Deus, e clamai ao SENHOR
terça-feira, 27 de março de 2012
domingo, 11 de março de 2012
George Whitefield
Espie comigo através da janela da História e olhe para o século XVIII incrustrado com gênios:
Aquele pomposo almofadinha que vemos ali é Beau Nash, famoso por ser o mestre de cerimônias da elegante corte em Bath, Inglaterra. (Um pouco mais tarde John Wesley iria perfurar o seu orgulho).
Aquela personalidade que vem se aproximando agora não é outro senão a celebridade literária, Dr. Samuel Johnson. John Wesley, certa vez, declinou uma refeição até tarde com Johnson porque isso o deteria de acordar cedo na próxima manhã para orar. (Marque isso, pregador!). O companheiro do Dr. Samuel Johnson, com uma pena afiada, é Boswell (advogado escocês).
Em um despretensioso lugar não muito longe dali temos um homem elaborando desenhos, naquilo que iria se tornar uma famosa pintura: “The Blue Boy”. Parabéns, Gainsborough! (pintor inglês).
Em outra área, com suor na testa, alma e mente, Howard (xerife inglês) está trabalhando para efetuar reformas no sistema prisional inglês. Acima, no Parlamento, William Wilberforce (político inglês), com uma língua de escorpião, está açoitando os legisladores por causa dos males da escravidão.
Philip Sheridan, o teatrólogo irlandês e político, ficou cheio de orgulho da sua School for Scandal (“Escola para o Escândalo” – peça teatral). Por algum tempo Sheridan foi dono do Drury Lane Theatre. Eu ficaria maravilhado se ele tivesse David Garrick, o príncipe dos atores naqueles dias, atuando em suas peças.
Consegue ouvir aquelas melodias celestiais? Eis aqui outro típico inglês (naturalizado). Seu nome? Handel (compositor). Com os olhos cheios de lágrimas e seus braços levantados ao céu, esse gênio está cantando algumas das melodias do seu “Messias” (composição musical) e as entremeando com alguns “aleluias” (Será por isso que ele foi reputado como bêbado quando compôs seu bendito oratório?).
Ainda, antes de deixarmos a maravilhosa Inglaterra desse período e pularmos por sobre o canal (Canal da Mancha) para dar uma espiadela no gênio mal de Voltaire (filósofo francês), vamos espiar através de uma pequena janela. Aqui está a “cara lavada” de Hogarth (pintor e cartunista), pintando uma de suas sátiras políticas que o fizeram imortal.
Vamos à França agora. Voltaire senta-se poderosa e altamente em seu trono de ceticismo. Desmentindo que ele era um ateísta, esse brilhante deísta verteu desdém e sátira sobre as doutrinas cristãs. Se ele foi o pai da Revolução Francesa, ele provavelmente foi aguilhoado a fazer isso devido à perseguição e amargura dos Jesuítas que reinavam em seus benefícios sacerdotais.
Mas Voltaire aparenta ter sido um homem de compaixão também. Ele foi honesto em avaliação. Sangster de Westminster (pastor e teólogo) disse: “Voltaire, quando foi desafiado a apontar um caráter tão perfeito quanto o de Cristo, na mesma hora mencionou Fletcher de Madely” (homem que traiu o comandante de seu navio e acabou morto em uma conspiração. É uma famosa história literária inglesa. Foi usada por Ravenhill como uma sátira da “honesta” avaliação de Voltaire sobre Cristo).
Aqui então terminamos com uma visão geral do século XVIII e sua safra de intelectuais e homens de feitos heroicos. Cada um dos anteriormente mencionados teve um lugar ao sol. Cada um teve uma habilidade peculiar.
Mas o que Johnson e Boswell foram na literatura, o que Reynolds e Gainsborough foram nas artes, o que Sheridan e Garrick foram no teatro, John Wesley e George Whitefield foram na Igreja do Deus vivo – e somente eles foram tanto e em tão alto grau.
Aqui está um daqueles abençoados paradoxos que o Senhor produz. Assim como alguns anos antes os Beecher’s (culta família cristã) determinaram o comportamento na Nova Inglaterra (nordeste dos EUA), assim os Wesley’s, na Inglaterra, foram uma família de cultura e que definia padrões. Apesar disto, esse cavalheiro de Oxford, John Wesley, era o homem que o Senhor usou com os mineiros do interior de Bristol, Inglaterra. E aquele garoto vesgo nascido na taverna de Gloucester (George Whitefield) foi o Davi selecionado para suceder em preferência a Saul e Jonatas, com a missão de evangelizar o estado-maior da Inglaterra com todos os seus mantos de seda.
Fogo produz fogo. Em minha opinião, John Wesley tomou um pouco do seu zelo abrasador de George Whitefield. Nos dias de hoje alguns reivindicam que o avivamento, geralmente chamado de “Avivamento Wesleyano”, não foi o avivamento de Wesley coisa nenhuma. E ainda, eles dizem, ele (Wesley) não o começou. (Para provar ou desmentir isso, nós podemos esperar até o grande dia do julgamento).
No campo pregando, o inflamado Whitefield certamente precede Wesley. Wesley pegou a tocha do avivamento que Whitefield lançou quando foi para a América.
Whitefield chegou na América após um verdadeiro espancamento no tempestuoso Atlântico, a bordo de um barco que a Comissão Marítima não licenciaria nos dias de hoje para uma viagem no rio. Novamente Whitefield lançou a brasa do seu zelo. Dessa vez foi dentro do coração de Gilbert Tennant (um dos líderes do Grande Avivamento americano), que, como somos levados a crer, pôde superar seu tutor. (Isso parece impossível). Ainda maiores multidões enfrentaram as nevascas para ouvir Tennant depois que Whitefield deixou a Nova Inglaterra.
Esqueça por um momento os outros experimentos que Benjamin Franklin fez. Nesse instante veja-o parado diante do púlpito onde Whitefield estava. Chegando cada vez mais para trás até que não pudesse mais ouvir distintamente, ele marcou lá um ponto. Mais tarde ele calculou a distância e concluiu que 30.000 (trinta mil) pessoas ouviram o ungido Whitefield em apenas uma reunião, e o ouviram confortavelmente sem nenhum amplificador!
Mas as audiências de Whitefield nem sempre foram grandes. Em uma viagem através do Atlântico, quando ele possuía apenas 25 (vinte e cinco) anos – alto, gracioso e esbelto – ele discursou para um grupo de apenas trinta pessoas.
Seu púlpito era o oscilante convés de um barco cujas velas estavam esfarrapadas e os instrumentos de navegação completamente fora de operação! Seu cobertor era uma pele de búfalo, e ainda que ele tenha dormido na parte mais protegida do navio, ele tomou um banho completo por duas vezes durante uma única noite. O barco levou três meses para avistar a costa da Irlanda!
Sobre o Atlântico ou do outro lado dele, tanto pregando para alguns poucos em uma escotilha de barco quanto impactando arrebatadoramente uma vasta audiência no campo, a mensagem de Whitefield era a mesma: “Em verdade, em verdade, vos digo, a não ser que um homem nasça de novo, ele não pode ver o reino de Deus”.
A lâmpada que iluminou a vereda do Reino de Deus para Whitefield foi um livro. Em Oxford, Charles Wesley avistou Whitefield e lhe passou “A Vida de Deus na Alma do Homem”, de Henry Scougal.
Na América, Whitefield investiu através das florestas impenetráveis para alcançar os silvícolas (índios). De tribo em tribo ele foi de cabana a cabana. Para chegar às aldeias dos Delawares, ele se lançou nas furiosas corredeiras em uma frágil canoa indígena. Ele desentocou até mesmo os caipiras: todos os homens deveriam ouvir a mensagem; eles deveriam ter a vida de Deus em suas almas.
Das miseráveis aldeias dos silvícolas, esse pregador semelhante a um serafim, movia-se com a mesma tranquila disposição para as imponentes casas históricas da Inglaterra. De onde vêm aquelas carruagens? O que atraiu e reuniu aqueles poetas, lordes e príncipes, filósofos e letrados? Orgulhosos da sua linhagem e “sangue azul”, aqueles aristocratas vinham – muitos deles três vezes por semana – para ouvir as palavras ásperas: “Deveis nascer de novo”.
De uma câmara aristocrática com um pungente aroma de caríssimos perfumes, Whitefield arremetia-se para um encontro nas ruas. Tente pegar sua alegria quando ele diz: “Aqui eu sou honrado com pedradas, excremento, ovos podres e partes de gato morto atirados contra mim”!
Vindo de Gloucester como ele veio, Whitefield sabia que, por ser tão franco sobre as coisas de Cristo durante o reinado da Rainha Maria, o Bispo Hooper de Gloucester foi queimado enquanto tinha ao alcance dos olhos sua própria catedral. Whitefield não se importava com as consequências da obediência. Tyndale (publicador de uma das primeiras Bíblias inglesas) foi um homem de Gloucester também, e pense o que sua fé lhe custou!
Whitefield era do tipo: “Baxter-Brainerd-McCheyne”; ele usava o arnês (antiga armadura completa) da disciplina com tranquilidade. Ele cravou estacas profundas em sua própria mente. Seus “não farás” eram para si mesmo, e ele nunca forçou outros a vestir seus panos-de-saco (vestes de luto).
O elogio (?) do Papa sobre Lutero: “Essa besta alemã não ama o ouro”, poderia ter sido dito a respeito de Whitefield também.
Qual era o segredo do sucesso de Whitefield? Eu penso que três coisas: Ele pregou um Evangelho puro; ele pregou um poderoso Evangelho; ele pregou um Evangelho apaixonado.
Cornelius Winter (pastor), que frequentemente viajou, comeu e dormiu no mesmo quarto que Whitefield disse: “Ele raramente passava por um sermão sem lágrimas”. Do outro lado, uma senhora de posição em Nova Iorque disse: “o senhor Whitefield foi tão agradável que me tentou a ser cristã”.
Homens da literatura do seu tempo frequentaram seus encontros. Lord Chesterfield, frio como era, aqueceu-se sob sua pregação. Lord Bolingbroke, um crítico pouco generoso, disse: “Ele (Whitefield) é o homem mais extraordinário dos nossos tempos. Ele tem a autoridade e eloquência que nunca ouvi em ninguém”.
Foi dito de David Hume, o filósofo cético escocês – e um deísta como era – que saiu correndo às cinco horas da manhã para ouvir Whitefield pregar. Perguntado se ele acreditava no que o pregador pregava, ele respondeu: “Não, mas ele acredita”!
Franklin da América, um filósofo calculista e sangue-frio, disse sobre o avivalista Whitefield: “Foi maravilhoso ver a mudança efetuada pela sua pregação nos modos dos habitantes da Filadélfia. De descuidado ou indiferente acerca da religião, parece como se todo o mundo estivesse crescendo religioso”.
John Newton (compositor da canção “Amazing Grace”), um gigante da pregação tanto quanto da poesia, disse de Whitefield: “Parecia como se ele nunca pregasse em vão”.
Um comentário de John Wesley sobre ele: “Porventura já lemos ou ouvimos de qualquer pessoa que chamou tantos milhares, tantas miríades de pecadores ao arrependimento? Sobretudo, por acaso já lemos ou ouvimos acerca de qualquer um que tem sido um instrumento abençoado de Deus para trazer tantos pecadores das trevas para a luz, e do poder de Satanás para Deus, como Whitefield”?
O velho Henry Venn de Huddersfield e Yelling (ministro evangélico e teólogo) declarou: “Raramente qualquer um igualou-se ao senhor Whitefield”.
George Whitefield caminhou com grandes homens, como o Marquês de Lothian, o Conde de Leven, Lord Dartmouth e Lady Huntingdon. Mas melhor ainda, ele caminhou e falou com Deus. Ele ouviu o que Deus disse, viu o que Deus viu e amou como Deus amou. Um provérbio árabe diz: “É o melhor orador aquele que transforma os ouvidos dos homens em olhos”. Essa alma maravilhosa fez justamente isso.
Deus de Whitefield, dê-nos hoje homens como Whitefield, que podem permanecer como gigantes no púlpito, mas ao mesmo tempo homens com corações carregados, lábios inflamados e olhos transbordantes (de lágrimas).
sábado, 10 de março de 2012
Jonathan Edwards
Alguém que alcançou grandeza como um pregador-evangelista americano, diretor de uma faculdade, místico e reavivalista.
Jonathan Edwards não é apenas o maior de todos os teólogos e filósofos americanos, mas também o maior de nossos escritores do período que antecede o século XIX. Dessa maneira escreve Randall Stewart em seu livro: “Literatura Americana e Doutrina Cristã”.
Aqui está um conciso resumo da vida de Edwards, originado da hábil pena de Perry Miller:
“Jonathan Edwards foi um dos cinco ou seis maiores artistas da América que, afortunadamente, se decidiu por trabalhar com ideias ao invés de poemas e novelas. Ele teve muito mais de psicólogo e homem sensível do que de um lógico. Ainda que ele tenha devotado seu gênio a tópicos derivados do corpo teológico (a vontade, virtude e o pecado), ele traçou-os da melhor maneira que um expectador poderia fazer…”
Para nós, ver Jonathan Edwards ascender ao seu púlpito hoje, com uma vela em uma mão e seu sermão manuscrito em outra, causaria deboche na congregação. A partir de nossos modernos assentos acolchoados da igreja, com galerias acarpetadas e tranquilizante música de fundo, nós dificilmente capturaríamos a antiga dignidade da igreja despretensiosa onde Edwards e outros mantiveram cativos os corações e mentes dos seus ouvintes.
Quando Jonathan Edwards “pronunciava-se” pelo Espírito, a face sem expressão, a voz melodiosa e as vestes solenes eram esquecidas. Ele não era nem simplório nem preguiçoso. Ele era um “coração” devotado à intenção de partilhar a palavra da verdade. Mas, ao fazer isso, Edwards ardia em fogo. E mesmo assim – para ele – o sensacionalismo era um anátema. Gerar sensação nunca foi o pensamento por trás de nenhuma de suas pregações. Erudição em chamas por Deus é, em minha mente, a oitava maravilha do mundo. E Edwards possuía isso!
A língua de Edwards deveria ser parecida com uma afiada espada de dois gumes para seus atentos ouvintes. Suas palavras deveriam ser tão dolorosas para os corações e consciências quanto o metal incandescente é para a carne. Não obstante, homens deram atenção, arrependeram-se e foram salvos.
“Conhecendo o terror do Senhor” (algo aparentemente esquecido em nossos dias, tanto no púlpito quanto nos bancos da igreja) Edwards inflamava com ira santa. Indiferente quanto às consequências de tamanha severidade na pregação, ele trovejava tais palavras de seu púlpito:
“O arco da ira de Deus está retesado e suas flechas preparadas sobre a corda. A justiça divina aponta a flecha para seu coração e estica o arco. Não há nada senão o bel-prazer de Deus – e isso tudo de um Deus irado, que não tem nenhuma promessa ou obrigação para com o pecador – que mantém por um momento a flecha de ser embebida com seu sangue”.
Proferir verdades como essa, com lágrimas e ternura, requer um homem ungido, porém destemido e cheio de compaixão.
Mas, nos corações e mentes dos ouvintes deve haver também um pouco de graça prévia em operação. Aparte disso, os homens deveriam rebelar-se contra essa áspera varredura de poder sobre suas almas. Entretanto, antes do furacão espiritual de Edwards, a multidão entrou em colapso. Alguns caíram ao chão como se fossem troncos cortados por machado. Outros, com as cabeças curvadas, agarraram-se nas colunas do templo como se estivessem com medo de caírem nas mais baixas profundezas do inferno.
Edwards chorava enquanto pregava. Nisso ele era um parente espiritual do poderoso Brownlow North (pregador inglês), do avivamento que ocorreu anos depois na Irlanda, em 1859. A lei divina do Salmo 146.6 nunca foi e nunca poderá ser ab-rogada: “Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará, sem dúvida, com alegria, trazendo consigo os seus molhos”.
Como pastor de uma das maiores, mais próspera e socialmente comprometida igreja da Nova Inglaterra, Edwards possuía uma rara percepção das necessidades do seu rebanho. Ele ainda mantinha um coração com grande ternura pela sua saúde espiritual.
Vamos até os bosques onde Edwards está sozinho com seu Deus. Vamos engatinhar até atrás de uma árvore retorcida e escutar sua oração quebrantada:
“Eu sinto uma ardência na alma para ser… esvaziado e aniquilado, para permanecer no pó e ser cheio apenas Cristo apenas, a fim de amá-Lo com um santo e puro amor, de confiar Nele, de viver Nele e de ser perfeitamente santificado e feito puro com uma divina e celestial pureza”.
Edwards também era “aparentado espiritualmente” com George Whitefield, seu contemporâneo. Foi o poderoso americano, Jonathan Edwards, entusiasmado pelo apóstolo inglês, Whitefield? Porventura os trovões da vibrante alma de Whitefield – que naquela época tempestearam a Nova Inglaterra – causaram um distúrbio e um desafio na normalidade da vida de pregação de Edwards? Essa não é uma questão retórica. Ela não pode ser respondida completamente, mas contém mais que uma especulação. Nós realmente sabemos que após encontrar o jovem George Whitefield, Jonathan Edwards mudou seu estilo de pregação.
Aprouve ao Senhor colocar Edwards de lado em um pequeno pastorado em Stockbrigde, Massachusetts. Esse banimento veio devido a uma diferença que Edwards teve com um certo senhor Stoddard, que administrou a Ceia do Senhor para alguns que não haviam feito pública profissão de sua fé em Jesus Cristo como seu salvador pessoal. Porém, nessa exclusão, a mente brilhante de Edwards tomou asas. Seu pensamento longamente incubado veio à luz. Assim, ele poderia dizer ao senhor Stoddard o que José disse para seus irmãos: “Vós bem intentastes mal contra mim; porém Deus o intentou para bem”. Da sua pena – naquela época – fluiu o melhor de seus escritos. Edwards dormiu, mas sua mensagem ainda fala.
Quando a voz de Milton (John Milton, escritor inglês) há muito havia sido silenciada pela morte, Wordsworth (William Wordsworth) clamou:
“Milton, tu deverias ter
Vivido nessa hora:
A Inglaterra precisa de ti;
Ela é um pântano de águas estagnadas”.
Nós poderíamos parafrasear aquelas palavras desta maneira:
“Edwards, tu deverias ter
Vivido nessa hora:
A América precisa de ti
Ela é um pântano (espiritualmente falando)
De águas estagnadas”.
Uma fina casca – mui fina casca de moralidade – pelo que parece a mim, retém a América de um completo colapso. Nessa perigosa hora nós precisamos de uma geração inteira de pregadores como Edwards.
“Óh Senhor dos Exércitos, traze-nos de volta; faça sua face brilhar sobre nós, assim seremos salvos”!
Contraste esse grande homem de Deus com um de seus contemporâneos. Cito abaixo algumas palavras do livro “Crise na Moralidade”, de Al Sanders:
“Max Jukes, o ateu, viveu uma vida sem Deus. Ele se casou com uma garota descrente e, dessa união, houveram 310 descentes que morreram como indigentes, 150 foram criminosos, 7 foram assassinos, 100 foram beberrões e mais da metade das mulheres foram prostitutas. Seus descendentes custaram ao Estado 1,25 milhões de dólares.
Porém, louvado seja o Senhor que trabalha das duas maneiras. Há um registro de um grande americano – homem de Deus – Jonathan Edwards. Ele viveu na mesma época de Max Jukes, mas ele se casou com uma mulher de Deus. Uma investigação foi feita em seus 1.394 descendentes conhecidos, dos quais 13 se tornaram presidentes de faculdade, 65 professores universitários, 3 senadores dos EUA, 30 juízes de direito, 100 advogados, 60 cirurgiões, 75 oficiais do exército e da marinha, 100 pregadores e missionários, 60 autores de proeminência em suas áreas, 1 vice-presidente dos EUA, 80 que se tornaram qualificados como oficiais do governo, 295 graduados em universidades, entre os quais houveram governadores de Estados e diplomatas para nações estrangeiras. Seus descendentes jamais custaram um centavo para o Estado. “A memória dos justos é abençoada” (Provérbios 10.7)”.
quarta-feira, 7 de março de 2012
Qualquer pessoa que atacar quem Deus escolheu estará atacando o próprio Deus, além de estar agindo por influência de satanás.
As consequências são terríveis:
vergonha, isolamento, doenças, sofrimentos...
Veja só o caso de Moisés:
ARÃO E MIRIÃ eram irmãos de Moisés e não se conformavam com a sua liderança.
Achavam que eles também tinham unção e que não era certo só ele ser chefe. Até diziam:
Porventura falou o SENHOR somente por Moisés? Não falou também por nós? (Nm 12:2).
Queriam ter a mesma honra que Moisés.
Queriam ocupar o lugar de Moisés.
Mas Moisés, além da unção, tinha o carinho e o respeito do povo. Então, Arão e Miriã acharam que a única maneira de derrubá-lo seria falar mal dele para o povo, mostrar ao povo que Moisés não era tão santo assim.
Então, foram buscar na vida particular de Moisés os motivos para atacá-lo. A Palavra diz: “E falaram Miriã e Arão contra Moisés, por causa da mulher cuxita” (Nm 12:1).
Entre outras coisas diziam ao povo: Não está certo o que Moisés fez.
Ele é casado com Zípora. Ele mesmo escreveu na Lei que os filhos de Israel não devem se casar com mulheres estrangeiras.
E agora ele se contradiz e tomou como esposa esta mulher cuxita (Etíope). Moisés não é moralmente são. Moisés é indigno de ser o líder.
Eu e o meu irmão Arão estamos mais preparados. Deus falou através de Moisés, mas falou através de nós também. Nós, sim, somos santos. Não falem mais com Moisés. Não o ouçam mais.
Arão e Miriã apelavam para a santidade, quando na verdade estavam agindo movidos pelo sentimento de rebeldia e inveja, marcas registradas de satanás.
E qual era a atitude de Moisés diante desta difamação? Será que Moisés estava desesperado, arrancando os cabelos e dizendo “E agora?”. Não! A atitude de Moisés era de tranquilidade.
No versículo seguinte, encontramos: “E o varão Moisés era mui manso, mais do que todos os homens que haviam sobre a terra”.
Moisés estava tranquilo! Por que? Porque Moisés estava certo da sua chamada por Deus. Certo de que a sua vida continuava no altar e que seus problemas familiares eram exclusivamente seus, e não de Arão ou Miriã, e que isto nada influía na sua vida espiritual e no seu relacionamento com Deus, para quem ele sempre foi fiel!
Arão e Miriã não queriam se sujeitar à autoridade de Moisés. Queriam caminhar paralelamente, fazendo divisão na Obra. Queriam ter honra própria e, ao tentar denigri-lo, queriam até mais honra que Moisés. Tudo o que o próprio diabo quís contra Deus. Foi um grande erro atacar Moisés, usando como pretexto sua vida familiar! Atacar Moisés era atacar a Obra de Deus! Era pregar a rebelião! E a Bíblia diz que a rebelião é como pecado de feitiçaria (I Sm 15:23).
Na continuação da leitura vemos que: “Assim, a ira do SENHOR contra eles se acendeu”. Por que? Porque eles estavam sendo usado pelo diabo para dividir o povo, assim como Lúcifer tinha feito no princípio dividindo o Céu e arrastando a terça parte dos anjos.
Deus não aceita que isso se repita. Por isso, lemos que: E logo o SENHOR disse a Moisés, e a Arão e a Miriã: “Vós três saí à porta da congregação”. E saíram eles três. Então o SENHOR desceu na coluna de nuvem e se pôs à porta da tenda; depois, chamou a Arão e a Miriã, e eles saíram. E disse:
- Ouvi agora as minhas palavras: se entre vós houver profeta, Eu, o SENHOR, em visão a ele me farei conhecer ou em sonhos falarei com ele. Não é assim com o meu servo Moisés, que é fiel em toda a minha casa. Boca a boca falo com ele, e de vista, e não por figuras; pois ele vê a semelhança do SENHOR; Por que, pois, não tivestes temor de falar contra o meu servo?
A Palavra continua: “E a nuvem se desviou de sobre a tenta; e eis que Miriã era leprosa como a neve; E olhou Arão para Miriã e eis que era leprosa”. (Nm 12:4-10).
Note que a Palavra não disse que Miriã estava leprosa e, sim, que era leprosa. Era uma questão de essência, natureza. Miriã era leprosa no seu interior e agora Deus estava mostrando para toda a congregação a sua podridão interior.
Quando atacou Moisés, Miriã queria que a congregação o isolasse, mas é ela que vai ser isolada por causa da lepra. Ela falava mal da mulher etíope “Aquela negra estrangeira” mas é Miriã que vai sofrer o preconceito porque todos desprezavam e fugiam dos leprosos. Ela não quer que as pessoas ouçam Moisés mas é ela que não vai ter ninguém para ouvi-la no deserto. Ela quer mandar mais que Moisés e liderar o povo com Arão, mas não vai ter nem uma empregada para dar ordens lá fora do arraial, aonde vai ficar sozinha.
Miriã e Arão vão ter que aprender e nós temos que aprender com eles, que a unção e a autoridade dada por Deus têm que ser respeitada, e que não é para quem quer, e sim para quem Deus escolhe.
A partir do momento que Deus escolhe um líder, aquele líder passa a representar o próprio Deus. Se rebelar contra o líder é se rebelar contra a escolha que o próprio Deus fez. O Reino funciona debaixo da Autoridade.
No caso aqui: Deus, Moisés, Arão, Sacerdotes, Levitas, Anciãos, Congregação. É Autoridade sobre autoridade. Esta autoridade não pode ser subvertida. Miriã sequer faz parte desta Hierarquia e quer se meter. Qualquer pessoa que não se submete à hierarquia de Deus com humildade vai sofrer severas consequências.
Arão e Miriã vão ter que aprender sobre a submissão. Vão ter que aprender a se sujeitar ao líder que Deus escolheu. Terão que fazer isso com arrependimento. Quando Arão viu Miriã toda leprosa, imediatamente submeteu-se a Moisés. O versículo 11 diz que Arão falou a Moisés:
- “Ah! Senhor meu!”
Vão ter que reconhecer a culpa e a loucura que cometeram:
- “Não ponhas sobre nós este pecado, que fizemos loucamente e com que havemos pecado!”.
Vão ter que reconhecer também que no pecado da rebelião só existe podridão e morte:
- “Não seja ela como um morto que, saindo do ventre da mãe, tenha metade de sua carne já apodrecida”.
Vão ter que pedir perdão e oração:
- Clamou, pois, Moisés ao SENHOR, dizendo: "Oh Deus, rogo-te que a cures”.
Vão ter que mudar a meneira de pensar:
E disse o SENHOR a Moisés: Se seu pai cuspir em seu rosto, não seria envergonhada por sete dias? Esteja fechada sete dias fora do arraial, e depois a recolham.
Se a pessoa rebelde fizer tudo isso, Deus vai recolhê-la de volta à comunhão: “Assim, Miriã esteve fechada fora do arraial sete dias, e o povo não partiu, até que recolheram Miriã” (Nm 12:12).
O problema é que estes rebeldes só atrasam a Obra de Deus. Destruí-la, jamais.
Deus podia ter curado Miriã na hora, mas sabia que a “lepra” de Miriã não era exterior e sim interior. Deus só vai restaurar plenamente tal pessoa se refletir por dias na sua loucura e tirar o mal de dentro dela através de reflexão, arrependimento e oração
terça-feira, 6 de março de 2012
Rio de águas vivas
E no último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé, e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, venha a mim, e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre. E isto disse ele do Espírito que haviam de receber os que nele cressem; porque o Espírito Santo ainda não fora dado, por ainda Jesus não ter sido glorificado. Então muitos da multidão, ouvindo esta palavra, diziam: Verdadeiramente este é o Profeta. Outros diziam: Este é o Cristo; mas diziam outros: Vem, pois, o Cristo da Galiléia? Não diz a Escritura que o Cristo vem da descendência de Davi, e de Belém, da aldeia de onde era Davi? Assim entre o povo havia dissensão por causa dele. E alguns deles queriam prendê-lo, mas ninguém lançou mão dele. E os servidores foram ter com os principais dos sacerdotes e fariseus; e eles lhes perguntaram: Por que não o trouxestes? Responderam os servidores: Nunca homem algum falou assim como este homem.(João 7:37-46 ACF)
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